terça-feira, 7 de junho de 2011

Capitulo 11 – Descanse em Paz

Eu corri, corri muito. Não entendi até agora como reencarnei. Eu me lembro de tudo claramente do preto velho da arvore e me lembro também da doutora no necrotério. Esta ferida na minha barriga não dói e não sei se vai continuar assim. Sinto como se esse corpo ainda estivesse em decomposição então é melhor não demorar muito para entender como posso me fixar aqui na terra de novo. Para o inferno eu não volto.

Decidi após muito tempo ir para a casa da minha família queria muito vê-los. Mas sabia que teria que ser cuidadosa. A rua continuava tranqüila no meu bairro e as casas estavam com cores e portões diferentes. Com certeza em mais de 50 anos muitas coisas teriam acontecido e uma delas era com certeza a morte dos meus pais. Após muito tempo criando coragem decidi apertar a campainha da minha antiga casa, torci para que não estranhassem minhas roupas e o jaleco branco pendurado em meus braços.

- Olá, quem é? – disse uma voz feminina meio robótica no interfone.
- Er....... – minha voz não saia, nunca pensei que fosse ouvir de novo o som da voz de minha mãe – olá senhora tudo bem?
- Sim, quem fala?
- Sou amiga da sua filha, me chamo Samantha e gostaria muito de falar com a senhora sobre ela. Seria possível?
- Claro minha jovem, se você foi amiga da Sara será bem vinda em casa, vou abrir o portão.

Meu coração semimorto batia forte no meu peito e eu sentia uma euforia e um medo forte como se não devesse estar ali. Minha mãe caminhou devagar até o portão e o abriu com calma, ela não parecia ter envelhecido muito e estava doce como sempre. Mas ao olhar fundo em seus olhos percebi que uma parte dela estava morta e isso eu nunca conseguiria mudar. Ela me convidou para dentro de casa e nessa hora eu senti uma sensação estranha como se o tempo tivesse parado e nessa hora lembrei que tempo era algo que eu não tinha, então não podia demorar.

- Sente-e mocinha. Seu nome é Samantha de que? – minha mãe me disse caminhando levemente até a cozinha e voltou trazendo dois copos e uma jarra de água gelada.
- Me chamo Samantha Vilhena – inventei o nome rapidamente e então me servi de um copo com água.
- Prazer Samantha. Eu e o pai da Sara ficamos muito abalados com a história da morte dela e até hoje não entendemos realmente o que aconteceu. O pai dela trabalha na policia e não está no momento, após a morte de Sara ele quase não para em casa e se dedica muito ao trabalho mesmo tendo se aposentado há alguns anos.
- Entendo, ele se empenhou mais no trabalho, isso é natural após uma perda assim.
Minha mãe respirou e olhou para a janela, mas seu olhar estava tão vago que parecia que ela estava vendo o passado há tanto tempo esquecido.
- A policia diz que ela matou um amigo dela e depois se envolveu em um acidente com rapazes da mesma festa onde ela estava. E não consigo entender até hoje o que aconteceu Samantha– eu não podia mentir precisava contar para ela, mas como?
- Qual o nome da senhora mesmo? – disse disfarçando uma curiosidade.
- Pode me chamar de Lia, mas meu nome é Célia – ela disse bebendo um pouco de água e com certeza estava segurando lágrimas dolorosas.
- Dona Lia, eu vim aqui falar com a senhora porque tomei coragem para lhe contar algo muito importante.
- Por favor, me diga o que tem para dizer – ela então se arrumou no sofá para me escutar melhor.
- Eu estava na festa com sua filha dona Lia e sei o que aconteceu. Acho que a senhora deveria saber o que eu sei – eu disse olhando seriamente para os olhos dela.
- Eu peço a Deus há três anos que me explique o que aconteceu e finalmente alguém sabe, por favor, minha filha me conte – está frase com ela me chamando de minha filha me fez engasgar. Mas respirei fundo e continuei.
- Sua filha foi estuprada dona Lia. Ela infelizmente não sabia quem era o culpado e pensou que fosse o amigo dela o Rodrigo. E creio que por causa disso ela o atropelou e logo depois sofreu o acidente com os caras que provavelmente a haviam estuprado, não sei muitos detalhes mais acho que esta informação já pode esclarecer muita coisa para senhora.
- Finalmente entendi. Minha filha se confundiu quanto ao seu agressor e fez um mau julgamento, como não pensei nisso antes? Porque ninguém da faculdade me contou isso? Agora eu acho que entendo – ela então ficou pensativa por alguns minutos e então respirando fundo disse – Obrigada!
- Não me agradeça. Eu sinto muito o que houve com a sua filha, tenho certeza que vocês sentem tanta falta dela como ela deve sentir de vocês onde quer que esteja.
- Minha religião me ensinou que pessoas como minha filha iriam para o inferno pelo o que ela fez. Mas Deus é justo e deve ter perdoado minha menina – minha mãe começou a chorar – sinto falta dela... sinto falta e arrependimento. Quando ela saiu naquela noite ela deu um beijo no pai dela porque ele pediu, eu devia ter feito o mesmo. Mas apenas acenei e desejei que ela saísse com Deus, ela não me respondeu. Apenas foi embora e nunca mais voltou – as lágrimas caiam sem parar do rosto dela. Então sem me explicar a abracei forte e comecei a chorar junto com minha mãe. Ficamos chorando juntas por alguns minutos e então nos separamos suavemente.

Nos duas tomamos água e enxugamos nossos rostos. Ela então se levantou e subiu as escadas e logo voltou com uma caixinha preta.
- Minha filha foi cremada Samantha e tenho certeza que ela gostaria que você fica-se com isso – ela então me passou a caixinha preta. Ao abri-la vi ali dentro a corrente com o pequeno sol banhado a ouro que eu usava desde pequena e que nunca descascava – espero que este sol ilumine seu caminho Samantha.
- Obrigada dona Lia, preciso ir agora - então me levantei e minha mãe me levou até o portão.
- Se precisar de algo volte mocinha ficarei feliz em ajudá-la.
- Obrigada, não me esquecerei disso – e fui me afastando, sabendo que não a veria nunca mais. Minha mãe então gritou pelo portão.
- Fique com Deus filha! – e acenou fortemente a mão em minha direção.
- Fique com Deus! – eu gritei, sabendo que seria a ultima vez que ouviria a palavra filha então sussurrei só pra mim – Mãe.


A caminhada pelo inferno era intrigante para Leonard, como tudo aquilo poderia estar acontecendo. Ele já caminhava por alguns dias e somente ao longe conseguiu visualizar uma arvore enorme que provavelmente seria a que ele deveria alcançar. Ao se aproximar Léo percebei um senhor idoso de barba e cabelo branco e se aproximou.
- Olá o senhor é...??? – ele não conseguiu terminar a frase.
- Sim jovem vois mice já sabe quem eu sou. Sou o preto velho, o preto que guarda sua passagem para o plano do meio ou de cima. Mas a questão é, você já conhece o plano de cima, quer voltar lá?
- Sinceramente eu acho que não preciso voltar lá, já aprendi que existe o céu e o inferno e isso para mim já basta, mas se devo me enviei por favor.
- Nada nunca basta, nunca as coisas tem fim, o fim não existe, só existe o recomeço, o novo já foi algo velho e o velho sempre poderá se transformar em algo novo. A vida é assim e a morte também.
- Acho que entendo – Léo disse olhando para o preto velho de forma direta e confortável. O preto velho se aproximou e pegou em suas mãos.
- Você tem a marca do Gardian, agora vois mice pode caminhar entre os planos e assim pode seguir em frente.
- Até agora não entendi o que esperam de mim, querem que eu lute, querem que eu defenda, querem que eu entenda e até agora não consegui entender até onde devo ir.
- Vá até o final Leonard, vá sempre até o fim. Como eu te disse o fim sempre é um recomeço, e essa lei vale para todos. Você esta pronto para voltar para casa?
- Sim estou, já faz quase um mês que estou aqui e só quero voltar mas antes preciso passar pelo céu é isso?
- Sim mas a passagem pelas nuvens é rapidinha, logo você ta de volta – ele então deu uma risada gostosa e quente - seu corpo te espera meu jovem e isso é um privilegio para poucos. Agora que vois mice conheceu o lado quente é hora de voar pelas nuvens também, e depois disso ocê já pode decidir até onde quer ir, isso é o que importa. – o preto velho então encostou Leonard na arvore e após isso marcou com as cinzas de seu cachimbo símbolos eu sua pele e depois sobrou fumaça em seu corpo.
A árvore se fechou e ele sentiu como se fosse espremido, a sensação era sufocante e desesperadora.

Seus olhos se abriram e ele estava em uma cama de hospital diferente. A cama flutuava e todo o local era confortável e com um tom azul bem claro o que trazia uma calma e conforto ao lugar.

- Seja bem vindo Léo – disse um homem alto e magro de olhos claros e vestes brancas como a de um enfermeiro.
- Eu te conheço? – disse Léo assustado com a intimidade do enfermeiro.
- Em partes sim, já fomos parentes a muitas encarnações mas isso você não se lembrará agora. O objetivo agora é passar pelo outro tratamento que você precisa para continuar com sua jornada esta pronto?
- Sim estou pronto.
- Me acompanhe por favor – Léo se levantou da maca flutuante e notou que estava nu. Logo ele se assustou e estendeu a mão para pegar uma calça e um camiseta branca que estavam ao lado da sua cama – o enfermeiro deu um leve sorriso e continuou caminhando.
- Como funciona este novo tratamento que devo fazer?
- Este tratamento é uma escolha de informações, você será treinado a usar seu guardião e este guardião guardará informações para você.
- Como assim um guardião? – Léo perguntou sem entender.
- Sabe aquele homem que você encontrou antes de começar seu ritual? Aquele que se apresentou como Silfiun?
- Sim sei – disse Léo se esforçando a se lembrar.
Então, este homem é seu guardião, e ele apenas espera sua evolução espiritual para te acompanhar na sua jornada. Você hoje aprenderá o real nome dele e após descobrir isso você terá um companheiro em sua jornada que te aconselhará e te ajudará em momentos difíceis.
- Mas o que ele é realmente? É tipo um anjo da guarda?
- Na verdade os anjos da guarda existem mas não são exclusivos, um guardião é somente seu e não pode ser compartilhado com mais ninguém. O guardião é um anjo em treinamento e existem coisas que eles aprendem somente com pessoas encarnadas. Algumas pessoas os chamam de guias espirituais, amigo imaginário e assim por diante, no caso dos gardians eles são guardiões e estes guardiões tem a força de armazenar informações, buscar respostas, guiar, auxiliar, confortar e até mesmo lutar pelo Gardian, é quase como um melhor amigo divino.
- Eu acho que entendi...
- Na verdade você não entendeu, a maioria dos gardians levam anos para conhecer e aproveitar todo o potencial do Gardian e a maioria passa por um processo doloroso para entender isso, existem casos de pessoas que ficaram sem falar por anos para aprender a falar com seus guardiões e assim por diante.
- Ok – eles continuaram andando por um corredor branco enorme que parecia não ter fim. E chegaram a uma sala em formato de sol, cada ponta desse sol tinha cerca de 05 camas e existiam 8 pontas nesse sol e somente duas camas estavam ocupadas. - Essa é uma central Gardian, antigamente muitos Gardian passavam por aqui, mas a linhagem foi se desequilibrando e se afastando dos seus afazeres após a queda dos Templários, mas ainda existem alguns e você é um deles.
- Por favor deite-se – Léo se deitou e após fazer isso um pano branco foi colocado sobre seus olhos – apenas escute.

Após alguns minutos ele começou a ouvir um chiado em seus ouvidos e então ouviu alguém chamando.

- Quem está aí? – A voz quase muda não era clara ainda, e Léo começou a sentir um desespero ao ouvi-la indo cada vez mais longe.
* Acalme-se....
Ele então começou a respirar mais devagar e tentou relaxar.
* Acalme-se e me ouça.... Eu estou aqui ao seu lado, quero apenas que aceite que estou aqui para ajudá-lo ok?
- Sim eu aceito.
* Apenas pense na resposta não precisamos conversar.
* Você também consegue me ouvir?
* Consigo sim Léo, sempre te ouvirei se você assim quiser. Agora temos que nos focar em suas lembranças. Para que eu posso te preparar para o que você tem que viver é necessário que eu apague uma boa parte da sua memória, assim conseguirei restituir lembranças de muitas encarnações atrás, perdidas por culpa da dor e do sofrimento de inúmeros partos. Você aceita isso?
* Você apagará toda minha infância, tudo o que vivi quando criança?
* Sim, mas te garanto que a falta dessas lembranças não apagará os sentimentos e a sua personalidade atual, você aceita este sacrifício?
* Aceito.
* então você esta pronto para ouvir meu real nome, ele é ................... Compreendeu?
* Sim compreendi, e agora você me ajudará até minha morte?
* Sim, te ajudarei até seu ultimo suspiro nessa encarnação. Precisamos treinar o modo como você pode obter informações do livro Akashico e como você pode armazenar informações comigo e outras coisas também. Ok?
* Ok, vamos começar.

Leonard ficou então deitado durante alguns dias ouvindo as explicações e colocando em pratica os exercícios passados pelo seu guardião Silfiun, a cada hora ele aprendia coisas mais e mais interessantes e esse ensinamento o foi preparando para o que viria a lhe acontecer.

* Agora você já esta pronto para continuar sua jornada, tire sua venda - ao tirar a venda Léo reparou que seu guardião estava ao seu lado com as mesmas roupas de antes de sua iniciação no ritual – temos que ir se levante e atravesse aquela porta.

Nesse instante Léo se sentiu muito familiarizado com seu guardião como se ele estivesse sempre ali ao seu lado e por isso sentiu um conforto interno muito grande. Ele então caminhou até a porta e ao abri-la foi sugado para dentro dela.

Ele acordou com a jovem loira encaixada em seu corpo e a sua volta a musica e as mulheres continuavam, dando prosseguimento ao ritual. A jovem tirou a adaga do peito de Leonard e se levantou devagar ao se levantar ela desmaiou. Leonard pode acompanhar de forma incrivelmente nítida uma alma em chamas voltar para a fogueira. Antes de entrar na fogueira novamente a alma se virou para ele e sorriu, Léo sentia que ela era uma antiga Deusa, sem nome, sem historia e sem livros que falassem dela ou de sua jornada, mas ela estava ali se despedindo e agora eles eram íntimos de alguma forma.

As mulheres então trouxeram uma túnica branca para Leonard e o vestiram cobrindo sua nudez. A jovem loira recobrou sua consciência e já estava em pé vestindo sua túnica negra. A música então foi mudando e as mulheres saíram daquele forte transe e começaram a se separar umas das outras. Sem nem mesmo olhar para o lado Leonard sentiu a presença de seu guardião que o acompanharia a partir daquele momento em sua jornada. Todas começaram a e vestir e a dançar novamente ainda em transe mas agora todas estavam em um transe leve e coletivo. Uma mulher de túnica dourada entrou no circulo de mulheres negras e então estendeu no chão um pano dourado muito fofo. As mulheres de túnica negra agora saíram da roda e entraram no grande circulo que circundava a fogueira e agora Leonard e a mulher de dourado, esta mulher começou então a se despir e a se deitar enquanto que a musica mudou para algo suave mais pulsante e Leonard entendeu que deveria se deitar ali com aquela mulher desconhecida. Eles se beijaram e começaram a transar, quando Léo estava a pronto de chegar ao ápice de prazer, a mulher o segurou e parou a ejaculação. 

Então ela o levantou e nu eles foram caminhando pelo circulo feito por dezenas de mulheres. Ele então beijou cada uma carinhosamente, algumas o beijavam mais forte, outras apenas encostavam seus lábios no dele, e outras o beijavam com paixão, ele chegou a perder a conta de quantas mulheres ele já havia beijado. A mulher de dourado então o levou para o centro da roda novamente e ali furando seu dedo médio pingou 07 gotas de sangue em um cálice grande feito de prata. Este cálice circulou toda a roda e todas as mulheres beberam uma gota do sangue que agora não era mais de um simples mortal.




Eu caminhei pelas ruas em direção ao bairro da Liberdade ali eu poderia buscar mais informações sobre como trocar de corpo, eu não tinha certeza disso, mas minha mente me dizia que eu deveria ir para lá. Este corpo feminino esta cada vez mais estranho e frio e o ferimento na minha barriga, não esta cicatrizando. Eu preciso de ajuda.

Ao chegar ao bairro da Liberdade fui descendo a rua dos estudantes e parei em uma esquina do lado direito logo após algumas lojas, esta esquina dava para uma rua sem saída. No final dessa rua sentada em frente a uma antiga igreja eu vi uma senhora que olhou para mim e acenou com a cabeça. Os olhos dela brilharam vermelho e eu sabia que devia me aproximar. Nem tive muito tempo de me aproximar.

- Olá Sara – disse a velha sentada em uma caixa de madeira usada em feiras.
- Você me conhece? – Sara disse assustada tentando entender de onde aquela mulher a reconheceria.
- Eu conheço o inferno Sara e conheço também as pessoas que saíram de lá sem permissão.
- Eu não sai sem permissão , eu ... – ela não conseguiu terminar a frase.
- Não precisa se explicar Sara, dificilmente virá alguém te buscar aqui. Mas você precisa saber que você esta se apossando de um corpo morto e este corpo esta sugando uma energia muito grande para não apodrecer o ideal é que você mude de corpo e após essa mudança você conseguirá se manter no corpo doado.
- Mudar de corpo? Corpo doado? Desculpa mas não sei se estou conseguindo entender o que é que você esta me dizendo.
- Você pode pegar outro corpo Sara, conheço uma pessoa que desistiu de viver e que poderá lhe passar o corpo dela para você com alguns anos de vida. E você precisará desses anos para conseguir pagar o karma que você deve antes de morrer novamente, caso o contrario você voltara para o inferno novamente mesmo podendo caminhar nos dois planos.
- Entendi, como devemos fazer? Como sei que posso confiar em você? – Sara disse olhando seriamente para a mulher idosa que a encarava sem medo.
- Você nunca saberá se pode confiar em mim ou não Sara, afinal de contas você confiou em um anjo e se deu mal e pensando bem creio que você não possa confiar em ninguém.

A velha se levantou e então entrou na antiga igreja que tinha um interior escuro e decididamente maligno. Sara a acompanhou.

Após descer alguns lances de escada, Sara se viu em uma sala clara com um mulher de 30 anos deitada. Ela se aproximou da mulher que proferiu algumas palavras em latim que Sara não entendeu. Após isso Sara tomou uma forte pancada na nuca e desmaiou. Seu corpo foi arrastado e colocado em uma mesa ao lado da mulher que estava deitada.

- Suzana te prometi a alma de um demônio para carregar sua doença e você me prometeu sua filha como pagamento – disse a velha encarando a mulher que a olhava fixamente – você cumprirá nosso acordo?
- Eu ... – a mulher então olhou para a própria barriga, imaginando como seria aquela criança que estava ali, tão próxima de ser oferecida como sacrifício - ... eu não quero mais isso! Quero ficar com minha filha, mesmo que eu morra logo.
- Você descumpriu com sua palavra. – o pescoço da mulher foi cortado rapidamente.

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