quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Capitulo 10 – Renascimento


Leonard estava desconfortável dentro do carro. Ele se sentou no banco de trás enquanto que Fran e Luana estavam na frente. Fran dirigia muito bem e agora estava usando o carro dela mesma. Enquanto dirigia Fran ligou pelo celular para várias amigas e indicava para elas o local da chácara e pedia para as mesmas chamarem outras amigas para o evento que causaria a morte de Leonard. O carro era simples, mas andava em uma velocidade incrível para um carro tão popular. Ele não entendia o que estava acontecendo e como sua vida tinha mudado de uma hora para a outra. Ele continuava usando a sua jaqueta de couro preta, calça jeans e uma camiseta branca macia. Seus tênis estavam molhados e marcados com algumas gotas de sangue que ele já não poderia identificar de onde vieram. Luana também não trocara de roupas somente Fran tinha colocado um vestido preto que a transformava em uma bruxa no olhar de qualquer estranho e ele tinha a leve impressão que ela adorava estes olhares assustados.
As ruas de São Paulo foram ficando para trás dando lugar a uma estrada sem muito transito que ia em direção a uma pequena cidade chamada Atibaia, Léo somente observava as placas enquanto que Luana e Fran conversavam sobre tudo o que havia acontecido. Era incrível como ele não conseguia acompanhar o raciocínio delas. Ele então notou que seu corpo começou a ficar estranho, meio leve e com uma sensação sutil de queimação ele então começou a olhar as arvores e as pessoas em outros carros e começou a ver um arco-íris de cores em volta de cada pessoa e arvore que observava.

- Fran! Não estou me sentindo bem! – ele disse assustado vendo uma gama enorme de cores dançando em volta do corpo das duas mulheres sentadas a sua frente.

- Calma Léo, isso é apenas o começo, como minhas amigas estão indo nos encontrar elas estão enviando energia para você já que este envio de energia faz parte do ritual desta forma você esta com um excesso de energia o que potencializa todos seus dons. Fique tranqüilo você so esta vendo a energia conhecida como Gaia, ou energia da criação que é a energia que circunda todas as formas vivas do universo, é como o sinal de Deus gravado em cada ser.

- Mas Fran eu to vendo energia até nas pedras ate mesmo no asfalto! – Léo disse apontando para a frente.

- E quem disse que não existe energia ou vida nas pedras ou ate mesmo no asfalto? – Fran disse olhando para ele pelo retrovisor e dando um leve sorriso.

Fran então foi indo para o acostamento da estrada e foi parando devagar. Ao longe Léo viu uma jovem oriental com uma grande mochila jeans estilo hippie, ela usava uma saia simples indiana preta e uma blusinha branca sem mangas, seu cabelo era comprido e preto. Conforme o carro foi se aproximando eles foram se olhando de longe. A sensação que Léo sentia era estranha. O carro parou antes de chegar até a moça, ela então veio caminhando carregando a mochila em suas costas, ao se aproximar do carro sorriu para as meninas do banco da frente e olhou meio que aturdida para o banco de trás e parou por um breve instante.

- É você? – a moça disse olhando profundamente para Leonard.

- Sim sou eu – Léo disse sem entender o porquê e sem querer pronunciar estas palavras, elas saíram como que instintivamente de sua boca.

Fran e Luana no banco da frente apenas se olharam e deram um leve sorriso uma para outra, elas haviam entendido a sinergia que havia ocorrido naquele encontro, quase que ocasional. A porta se abriu e a moça oriental entrou no carro e com um aperto de mão e um leve beijo no rosto se apresentou a Leonard como Eliana, ele então retribui a apresentação dizendo seu nome. Ambos se sentiram confortáveis um ao lado do outro e então a viagem recomeçou por mais alguns minutos até o sitio onde Léo faria parte de um ritual que para ele em sua mente até o momento parecia mais uma orgia que um ritual, mas com tantas coisas estranhas acontecendo ele logo mudaria de idéia.

Chegando no sitio ele percebeu que havia um tipo de porteira na entrada e que havia uma chácara a cerca de dois quilômetros de distancia desta porteira que era vigiada por algumas câmeras que estavam firmemente instaladas em postes perto da tal porteira. Eles passaram pela porteira e Fran continuou dirigindo pela estrada de terra por mais alguns minutos, tirando Fran todos estavam nervosos dentro do carro e Léo ainda não entendia esta tensão, ele so conseguia prestar atenção na energia dançante de Eliana que observava a paisagem como se ele nem estivesse ali.
Ao chegar a entrada da chácara Léo percebeu que em partes a mesma parecia uma fortaleza, os portões de metal eram altos e lembravam em partes uma fortaleza em estilo europeu. O portão automático se abriu após Fran fazer uns símbolos no ar com as mãos. Ao entrar Léo viu dezenas de carros estacionados, eles eram de variadas marcas e modelos, alguns carros eram luxuosos e alguns carros eram muito simples, ambos mesclavam-se entre si tornando a cena dos carros estacionados uma poesia estranha que somente algumas pessoas poderiam distinguir, era quase como a simplicidade e a complexidade de maquinas se envolvendo harmoniosamente no mesmo espaço.

Eles desceram do carro e logo foram recebidos por cerca de 20 mulheres, todas cumprimentaram as meninas primeiro e após isso todas saudaram Léo com um leve beijo nos lábios. Esta atitude por incrível que pareça não causou excitação, eram beijos tão simples que para Léo poderiam ser comparados com apertos de mão. Estas mulheres tinham idades diferentes entre 17 e 45 anos, todas muito bonitas e muito bem vestidas. Léo apenas observava a energia de todas elas e as energias eram diferentes, umas com cores frias e outras com cores quentes. E ele e sentiu bem no meio de todas elas, sem ao menos perceber todas começaram a caminhar para uma grande casa onde cerca de 90 mulheres corriam de uma lado para o outro arrumando-se com longos vestidos brancos, rosas, dourados e vermelhos. Algumas faziam chá outras cozinhavam alguma coisa e outras simplesmente estavam de mãos dadas meditando em rodas espalhadas pela casa, parecia outro mundo.

- Léo venha comigo – nesta hora uma jovem moça de cabelo ruivo levou Leonard para um quarto. Lá haviam sete mulheres nuas ajoelhadas de costas para ele em circulo. A jovem loira levou ele até o centro da roda e lá começou a despi-lo. Ele sem conseguir entender o que estava para acontecer ficou excitado e a jovem deu um leve sorriso para ele o que confortou a vergonha que ele sentiu subitamente. Após tirar suas roupas e todos os acessórios que ele usava a jovem se afastou e cada mulher nua que estavam ajoelhadas foi se levantando, cada uma trazia um artefato diferente para ele. A primeira trouxe óleo com um forte cheiro de sândalo e passou sobre s tatuagens em seu corpo. A segunda mulher trouxe dois brincos que foram colocados de forma suave na orelha de Léo que já tinha os furos dos antigos brincos que ele usava na adolescência. A terceira lhe trouxe anéis que se encaixavam perfeitamente em seus dedos médios. A quarta lhe trouxe pulseiras que foram colocadas em seus pulsos. A quinta lhe trouxe uma fita preta e uma tornozeleira de sândalo que foi presa em seus tornozelos. A sexta se aproximou com uma navalha e uma tesoura e deixou seu cabelo extremamente curto e lhe vestiu com uma calça de algodão branca e uma bata branca de algodão cru. A sétima se aproximou olhando fixamente em seus olhos e colocou em seu pescoço um colar prateado com um novo símbolo do Om, maior e cercado por uma rede que lembrava a arte celta de antigamente. Após isso todas se retiraram suavemente do quarto deixando-o sozinho.

٠ Não consigo entender o porquê de tudo isso – ele pensava consigo mesmo – como posso entender o porquê de tudo isso que esta acontecendo hoje?

٠ Olá Leonard – nesta hora Léo observou um homem magro e de estatura mediana no canto do quarto, ele estava vestido com roupas parecidas com a dele, calça e bata brancas de algodão cru, a única diferença é que as roupas dele eram extremamente brancas causando a sensação de que as mesmas e o próprio homem brilhavam.

٠ Quem é você – disse Leonard com a estranha sensação de já conhecer o tal homem.

٠ Você deseja que eu seja direto ou que lhe explique com calma quem sou eu?

٠ Explique com calma.

٠ Me chamo Silfiun... e posso dizer que talvez serei seu guardião. Sei que você tem algumas perguntas mas serei direto neste ponto. Você tem todo o potencial e conhecimento para se tornar um Gardian e por isso está sendo dada a oportunidade a você de se transformar em um, com todos os potenciais de uma grande anjo encarnado. Mas para isso é necessário que você encarne de novo e por isso é provável que você morra hoje e não volte mais.

٠ Mais eu já reencarnei, hoje a tarde no aeroporto eu sai do meu corpo e aconteceram varias coisas e eu vi vidas passadas e muitas coisas... – nessa hora Léo percebeu que não estava falando e nem ouvindo aquele homem normalmente, ele estava conversando por pensamento – como isso é possível?

٠ Temos uma leve ligação no momento e por isso você pode conversar comigo por telepatia. E Léo você não teve uma experiência pós-morte você so teve uma simples experiência fora do corpo, coisa normal para pessoas bem treinadas.

٠ Silfiun, você será meu anjo da guarda?

٠ Em certos pontos sim, mas serei muito mais que isso se você conseguir voltar para seu corpo. Hoje estas meninas irão te levar para o céu e para o inferno e se você conseguir voltar desses dois planos ae serei de certa forma um ajudante seu nesse plano.

٠ Espero te ver em breve – sem que Léo pudesse notar em um piscar de olhos Silfiun havia sumido.

A porta se abriu e Eliana entrou no quarto com um vestido branco cumprido parecido com um vestido de época medieval e pegando na mão de Leonardo levou ele para fora da casa. A noite estava caindo e o céu estava púrpura e magicamente limpo. Ao sair Léo notou um silencio profundo e percebeu que ao longe atrás de grandes arvores existia uma fogueira e lá também prevalecia o silencio profundo.

- Fiquei feliz em te conhecer hoje – Léo disse olhando para Eliana.
- Eu também Léo, espero que você consiga voltar e que possamos nos conhecer melhor – ela disse enquanto caminhava e olhava para o chão. Neste momento ela apertou um pouco mais a mão dele enquanto olhava para frente de forma decidida.

Ao entrar na clareira, ele pode contar mais de 100 mulheres envolta de uma grande fogueira, elas estavam usando vestidos de cores branca, rosa, amarelo, laranja, azul, roxo, vermelho e algumas usavam vestidos pretos, ele então percorreu com o olho todo o lugar e percebeu que era o único homem ali.

Envolta da fogueira existiam almofadas e lençóis muito brancos, o formato como estavam alinhados lembravam um grande olho olhando para o céu. Ele já tinha perdido a noção do horário mas viu a lua surgindo por trás das arvores. Eliana Levou Léo ate o centro daquele circulo gigante e o deixou lá indo para a roda e sumindo no meio de tantas mulheres.

Uma mulher vestida de dourado que Léo logo reconheceu como Fran, saiu do meio das mulheres e com um microfone falou:

- Olá amigas, bruxas, sacerdotisas e gran-mestras. Fico feliz que tenham atendido o chamado e tenham observado os sinais. Como de costume há anos a ordem das Rainhas da Lua se encontram e conversam e se preparam para o dia que muitos chamam de o recomeço, alguns chamam de apocalipse e nós chamamos de Eclipse. Este dia chegou e temos aqui entre nós o Leonard que é conhecido no mundo espiritual como Dranoel, um Gardian que pode nos ajudar a vencer esta guerra. Iremos realizar o ritual da morte hoje e para as que não conhecem é o ritual mas complicado e arriscado que podemos fazer. Caso alguma de vocês não estejam prontas para o ritual pedimos que saiam do circulo pois a vida do Leonard dependerá de nossas energias e se houver um elo fraco iremos perdê-lo durante o ritual – nenhuma mulher saiu - Então vamos começar.

Um som de tambores e flautas começaram a tocar na clareira e Léo não conseguia ver de onde os sons vinham. Mas era um som inebriante. As mulheres começaram a dançar e a girar aquele grande circulo em sentido anti-horário em volta da fogueira. Algumas pulavam outras giravam e algumas batiam palmas. Narguiles foram acesos e uma fumaça começou a pairar na clareira. As mulheres de dourado saíram do circulo e começaram a dançar em volta da fogueira, a fumaça que estava no ar ficou forte e começou a alterar ainda mais a percepção de Léo que agora estava de pé. As mulheres de dourado que dançavam em volta da fogueira puxaram Léo que também começou a dançar. As mulheres do grande circulo pegaram pandeiros com fitas douradas e tocavam conforme o ritmo da musica enquanto dançavam, fizeram isso por um tempo indeterminado. E então após um tempo uma onda de alegria invadiu a clareira, todos começaram a cantarolar acompanhando aquelas antigas canções que misturavam tambores e flautas. Todos estavam rindo e dançando, então as mulheres de vermelho saíram da roda e voltaram distribuindo grandes garrafas de vinho. Léo pegou uma das garrafas e sem entender sentiu sua boca seca e uma enorme sede, a mesma sensação foi sentida por todas as mulheres presentes, as garrafas chegavam e logo se esvaziavam.

Em pouco tempo as mulheres foram fechando o circulo e o grande circulo se transformou em três pequenos círculos que lembrava as ondas de um lago bem tranqüilo. No centro do circulo estava Léo e as mulheres de dourado, neste momento as mulheres de dourado saíram e as mulheres de rosa ficaram no meio daquele pequeno circulo cercado por mais dois círculos. As mulheres de rosa então começaram a se beijar e todas as mulheres começaram a se beijar, Léo apenas observava. Neste momento Eliana entrou no circulo vestida de rosa e o beijou. Em pouco tempo ela saiu da circulo e o chamou, ele então entrou no meio de todas as mulheres e ali perdeu Eliana. As mulheres começaram a puxá-lo e todas começaram a beijá-lo. As mulheres de rosa saíram do centro do circulo e as mulheres de vermelho tomaram o lugar delas. Elas se beijavam e se despiam, todo o circulo como que sendo apenas um pensamento também se despia. O som dos tambores era forte e hipnótico. As mulheres próximas de Léo o despiram suavemente. Logo, as mulheres estavam transando entre si e Léo sem perceber também transava com várias delas ao mesmo tempo. Sua mente estava relaxada e seu corpo parecia não pertencer mais a ele. O prazer daquele grande circulo era compartilhado entre todos e o corpo de todos se moviam no ritmo da musica que se tornava mais forte a cada segundo.

Léo em um relance de olhar percebeu que no centro da roda foram caminhando as mulheres que estavam vestidas de preto e com os rostos cobertos por grandes capuzes, elas não se despiram e nem estava transando como as outras. Estas mulheres o chamaram de forma suave e assustadoramente forte. Ele então caminhou entre todas aquelas mulheres que o alisavam e o chamavam de volta. Ele tentou voltar algumas vezes, mas a cada passo ele percebia que algo tinha que acontecer e isso dependeria de sua força de vontade e de sua concentração em chegar até as mulheres de preto. A caminhada foi curta mais demorou um tempo enorme na mente de Leonard. A lua estava logo acima de sua cabeça e seu corpo nu brilhava juntamente com suas tatuagens banhadas em óleo de sândalo. Seu pênis estava ereto e seu olhar estava negro como a noite.

O vento cessou por alguns segundos então como que induzido Léo começou a ver toda a energia da clareira que mais parecia uma furacão com todas as cores do mundo. As mulheres com longos vestidos negros seguraram Léo calmamente e o colocaram de frente para a fogueira, ele então observou dentro da fogueira uma mulher flamejante que o observava com um sorriso sedutor nos lábios. Então de forma suave ele se soltou das mulheres e caminhou em direção a fogueira, ele então olhou para trás e ali viu seu corpo sendo segurado pelas belas mulheres de negro. Ele não havia percebido que havia saído de seu corpo mas então como que por instinto ele percebeu que estava em um teste. Sem entender o porquê ele decidiu não entrar na fogueira, ele simplesmente estendeu a mão e a bela jovem em chamas segurou em sua mão e saiu da fogueira, ele a levou ate uma das mulheres de preto. Aquela alma flamejante então entrou no corpo de uma das jovens.

Léo havia perdido a noção do tempo e então ele voltou para seu corpo e abriu os olhos. Ao olhar em volta percebeu que todas as mulheres continuavam transando entre si mais não o enxergavam mais. Ele então se virou para as mulheres de negro e elas então fecharam um circulo envolta dele e de uma jovem vestida de preto e com o rosto coberto pelo capuz. Ela então abaixou o capuz e olhou para ele com olhos que lembravam meteoros em chamas, seu olho brilhava como ouro e fogo e ele então percebeu que aquela já não era a mesma jovem que estava ali antes, seus cabelos eram loiros e sua pele era muito branca. Ela o puxou para perto e então começou a beijá-lo ferozmente, ele então a abraçou forte e eles então foram para o chão ela subiu em cima de seu corpo e com os olhos em chama esticou a mão direita para o lado. Léo sentia que iria penetrá-la a qualquer momento e quando ele a penetrou ela encostou a ponta de uma adaga em seu coração, ele se assustou, mais no mesmo instante entendeu que não tinha volta, sua vida acabaria ali. A jovem possuída não movimentou a adaga física, mas sim seu espírito e cravou uma adaga espiritual no coração de Leonard. Seu coração parou de bater instantaneamente.

Ele se levantou e percebeu que estava em um deserto branco, ao longe ele percebeu que havia lagos de fogo e arvores em chamas. Ele percebeu então que estava nu e seus pés doíam naquele chão branco meio amarelado. Ao se abaixar Léo percebeu que estava pisando em dentes e então sentiu medo.

- Olá jovem – disse uma alma negra alta encostada em um barco segurando um remo e uma sacola de moedas. Léo se virou rápido observando-o assustado – me chamo Etagias. Você sabe por que está aqui?
- Oi, não sei ainda o que esta acontecendo – disse Léo assustado enquanto olhava a sua volta tentando entender a situação.




No plano físico as mulheres na chácara continuavam transando enquanto que as mulheres vestidas de preto colocavam duas moedas de ouro sobre os olhos de Leonard que continuava com seu corpo inanimado.






- Eu posso ajudá-lo jovem, qual seu nome? – disse Etagias se aproximando devagar.

- Me chamo Leonard Etagias e sinceramente não consigo me lembrar como cheguei aqui – nesta hora Etagias se aproximou dele e pegou em suas mãos.

- Sim, como eu imaginava meu jovem Gardian. Consigo ver a marca dos pentagramas em seu corpo e a simbologia da sua linhagem. Você está morto no momento meu jovem, mas está sendo guiado para a luz para se tornar uma grande pessoa. É necessário que você atravesse o Rio para continuar com sua jornada e para isso necessito que você me pague duas moedas de ouro, ou que você me dê sua visão para continuar.
- Não tenho nada comigo, então pelo jeito terei que lhe dar minha visão, como devo fazer isso?
- Simplesmente arranque seus olhos meu jovem – disse Etagias.

Ele então ofereceu uma adaga negra para Leonard. Após pegar a adaga Leonard percebeu que suas tatuagens ficaram claras e definidas e que a adaga ficou branca. Ele então aproximou a ponta da adaga de seu olho esquerdo e nesse momento duas moedas caíram a sua frente. O Barqueiro então se aproximou e pegou as duas moedas do chão, nessa hora Leonard pode ver os olhos vermelhos do barqueiro e viu um rosto quase velho e rasgado por debaixo do capuz.
- Parece que estão lhe ajudando a continuar Leonard, por favor, embarque.

Leonard entrou no barco e eles começaram a navegar. A nudez e o calor não o assustavam tanto quanto ver os corpos de milhares de pessoas o observando dentro daquele estranho Rio.
- Para onde devo ir agora – Leonard perguntou ao barqueiro que emitiu uma leve risada.
- Com certeza você não deve ficar por aqui meu jovem, apenas siga o caminho que vou te indicar até o preto velho e ele te encaminhará para o céu e depois você poderá voltar para a terra.
- Então é possível voltar para a terra, mesmo estando morto?
- Com certeza, há alguns anos passou uma mocinha ruiva por aqui chamada Sara e pelo que sei, ela conseguiu com a ajuda do preto velho sair do inferno e já deve estar na terra, talvez vocês se encontrem por lá em breve – e assim continuaram navegando.

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