quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Capitulo 08 – Barba Branca


O setor de bagagens do aeroporto estava um inferno, parece que várias bagagens haviam sido extraviadas e Léo torcia para que a bagagem de seu amigo não fosse uma das sorteadas. Ele e Luana aguardavam ansiosos pela assistente que estava checando o pedido de bagagem solicitado. Luana não tentou puxar assunto com Léo nem ele tentou puxar assunto com ela, ambos concordaram em conversar assim que ele consegui-se cumprir sua missão de buscar as malas do amigo, Léo não via a hora de sair daquele estranho aeroporto onde tudo que era esquisito acontecia facilmente.


- Olá senhor, felizmente sua bagagem está aqui.
- Ufa, achei que teria que voltar outra hora e minha vida está uma loucura – disse Léo sorrindo para a atendente.
- O senhor pode pegar sua bagagem na esteira, a mesma será liberada na esteira numero 02 – ela disse sorrindo enquanto entregava uma autorização para a retirada da bagagem.
- Obrigado – então Léo virou as costas e foi em direção a esteira sendo seguido por Luana que agora estava quase começando a falar.

A esteira rolava preguiçosa enquanto ambos esperavam a bagagem surgir por detrás da cortina preta da esteira. Poucas pessoas circulavam por ali naquela hora já que nenhum vôo estava chegando naquela área.

- Léo desculpe, sei que prometi conversar com você depois que pegássemos as bagagens mas eu realmente gostaria de falar com você sobre isso.
- Luana... – ele respirou fundo e decidiu não descontar todo seu stress na garota que acabara de conhecer – você entende que eu não tenho idéia de como estas coisas estão acontecendo comigo?
- Hum.... sei que é complicado, mas eu acho que entendo, eu sempre fui sensitiva e sempre senti que estava para acontecer algo comigo que nunca acontecia. Deixa eu te contar uma coisa?
- Pode contar Luana, pelo jeito temos tempo já que parece que estão com problemas com a bagagem.
- Léo, eu estava na Espanha nestes últimos 2 meses, sempre fui muito curiosa quanto a coisas esotéricas então fui para lá estudar com alguns mestres, e lá consegui entender os dons que eu tenho desde pequena. Você pelo que sinto também tem dons, mas não os desenvolveu talvez você precise consultar uma amiga minha, ela se chama Françoise e tem grandes poderes que podem te guiar no seu caminho.
- Até podemos ir para lá conversar com sua amiga Luana, mas não sei se ela vai acreditar em tudo o que aconteceu hoje – nesta hora Luana deu uma gargalhada que iluminou metade do aeroporto.
- Você está brincando né? A Fran é um ser, super doce e que não vai desacreditar nada do que você conte para ela.
- Luana, então ta, escute bem o que vou te contar. Hoje no meu apartamento eu tive uma visão do futuro onde vi um acidente de ônibus... – Léo contou para Luana todos os detalhes do seu dia até aquele momento, contou tudo de forma tão detalhada que Luana se sentou para conseguir absorver tanta informação.
- Meu Deus Léo, você teve a experiência mística mais foda que já ouvi até hoje!
- Pode parecer foda para você mais para mim parece assustador, até agora não consegui entender bem o que aconteceu, mas nada é por acaso e creio que devo visitar sua amiga para que ela veja o que devemos fazer. Afinal eu te conheci logo depois de voltar dessa viagem louca pelo astral então acho que agora devo seguir a minha guia não é mesmo? – ele disse sorrindo.
- Eu não sei se serei uma boa guia, mas vou tentar. Acho que está na hora de irmos para a casa da Fran, esta ficando tarde, onde será que está esta bagagem? – ela tinha razão já havia passado vários minutos sem que a bagagem aparece-se na esteira.

- Olá, senhor Leonard? – disse uma das funcionarias do aeroporto com um bloco de papel na mão.
- Sim sou eu.
- O senhor está aguardando duas bagagens vindas de Nova York correto senhor?
- Sim, estou aguardando as bagagens de Tiago e Lucas.
- Desculpe a demora senhor, mas as suas bagagens estão sendo analisadas pela policia alfandegária, para analise de roubo e contrabando de jóias.
- Como assim, estou aqui para receber bagagens normais – ele disse tenso, enquanto Luana apenas analisava a situação.
- Não se preocupe senhor as bagagens só estão sendo analisadas porque acusaram uma grande quantidade de metal dentro da bagagem. A policia irá examina - lá e logo estaremos liberando à mesma para o senhor, aguarde um pouco por favor...

Neste momento o olhar da atendente do aeroporto travou, olhando de forma vazia para Leonard, ela não estava observando ele, ela observava através dele. No momento ele não entendeu o que aconteceu, ate que finalmente o ar começou a sair do pulmão da atendente que soltou um grito ardido e muito alto que soou por todo o aeroporto.

Ao olhar para trás ele e Luana puderam ver enroscado na cortina preta da esteira um pedaço de carne sangrando impossível de se reconhecer. Nesta hora o corpo se desenroscou e começou a passear na esteira deixando no chão um rastro de sangue que desenhava uma linha perfeita e uniforme. Era um corpo humano destroçado como se tivesse sido atacado por tigres famintos, Léo conseguiram identificar uma mão e um crachá da policia alfandegária manchado de sangue. Luana também gritou, e nesta hora Leonard sentiu o verdadeiro significado da palavra medo.

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- Oi! Ta me ouvindo? – a comunicação com o aquele homem deixou Sara admirada! Como ela poderia conversar com alguém que esta vivo. Ela estava no inferno há tanto tempo e nunca ouviu voz alguma de humanos, o único som que ela ouvia sempre até pouco tempo atrás era a voz de um anjo filho da puta que acabava de abandoná-la!

O que devo fazer agora? Devo esperar os demônios me buscarem ou devo tentar sair daqui, como sou burra, sou uma idiota mesmo. Até Hitler me avisou desse filho da puta, e eu o que fiz... continue acreditando nele. Não adianta chorar agora nem se arrepender, o importante é decidir o que faço agora.

Sara não ouviu barulho algum se aproximando dela, apenas sentiu um abraço forte que a prendeu por trás.

- Olá jovenzinha – disse o demônio que sangrava pelos olhos e que a segurava fortemente impedindo-a de correr – está na hora de te levar para sua prisão de lava quente, assassina – ele disse dando uma lambida no rosto dela. Nesta hora ele a soltou e a puxou fortemente pelos cabelos tentando arrastá-la. O resultado foi obvio, os dedos dele foram cortados facilmente pelos cabelos afiados de Sara. Ela sem nem pensar saltou em cima do demônio e cravou suas unhas no pescoço dele, após arranhar muito as laterais do pescoço que iam perdendo carne ela puxou a cabeça do demônio para cima e a arrancou. Um sangue preto saia da cabeça dele e Sara sentiu uma vontade enorme de beber aquilo. Mas ela não o fez, jogou a cabeça de lado e olhou para sua unhas que voltavam para dentro dos seus dedos sujo de terra e sangue.

Eu não posso desistir, eu ainda tenho chances de sair daqui com minha força e com os poderes que ganhei até agora. Pelo jeito devo continuar. E vou ficar atenta para falar com aquele humano de novo... Léo. Não posso me esquecer deste nome.

Sara caminhou em direção a uma ponte enorme, que se ligava com outras pontes. Seu corpo nu não a incomodava, o sangue não a sujava mais, seu instinto dizia apenas siga em frente e ela o fez. Após caminhar por várias horas através de várias pontes Sara chegou a um campo onde várias pessoas estavam penduradas como bandeiras em um enorme campo. Ali havia cerca de 40 mil pessoas penduradas, o mastro atravessava o corpo de várias delas que sufocavam e cuspiam sangue.

Para onde eu devo ir agora? – ela pensou e sussurrou ao mesmo tempo. Nesta mesma hora os pentagramas em seu corpo lhe passaram uma sensação estranha. Os pentagramas do lado esquerdo pulsavam. Ela então olhou pelo caminho a sua esquerda e viu uma caverna após uma centena de almas penduradas, sem pensar muito ela caminhou e pela primeira vez no inferno, sentiu frio.

Sara passou por alguns postes vazios e lá pegou algumas peças de roupas em bom estado, um jeans bem surrado e rasgado e uma camisa preta sem mangas com todos os botões no lugar. O frio continuava, mas as peças que ela pegou nos postes estavam sendo bem úteis.

Sara chegou até a entrada da caverna e lá ouviu choro de crianças, vários bebês choravam pendurados nas paredes com os braços, pernas e pescoços amarrados com cordões umbilicais. Sara sentiu um calafrio e uma piedade exagerada ao ver todas aquelas crianças presas ali. Por instinto ela se aproximou de um dos bebês e o livrou das amarras, pegando o mesmo no colo que parou de chorar imediatamente.
Ela então encarou aquela pequena criança que parecia quase que dormindo agora. Foi então que Sara notou um sorriso no rosto do bebê e senti uma estranha sensação.
Ele então foi abrindo os olhos bem devagar e a olhou fundo nos olhos e abriu a boca em um pequeno sorriso, Sara então percebeu que os dentes do bebê era pontiagudos e pareciam muito afiados. O bebê saltou do braço dela rapidamente e saiu correndo em direção a parede, lá ele começou a passar rapidamente por vários bebês e os foi libertando com uma velocidade e facilidade incrível.

Sara decidiu ir embora dali mas já era tarde demais, os bebês começaram a correr atrás dela e a alcançaram. Eles começaram a morder as suas pernas e quando ela diminuiu o ritmo todos os outros começaram a escalar seu corpo com facilidade, as mordidas eram ferozes e dilaceravam sua carne rapidamente.

Sara então se concentrou na corrida e nos cacos dentro de seu corpo, e com um impulso forte eles saíram de seu corpo rasgando os bebês que estavam mastigando-a.

Ao longe ela avistou uma grande árvore que parecia seca, mas que ás vezes se tornava levemente verde, como se morresse e vive-se constantemente. Seus pentagramas latejavam enquanto ela caminhava na direção daquela enorme árvore. Ao se aproximar Sara, viu sentado na beira da arvore um homem negro de estatura mediana com roupas brancas, chapéu de palha e descalço. Ele fumava um cachimbo preguiçosamente como se nem estivesse no inferno. Sua barba branca tornava seu rosto ainda mais pacifico. Ao chegar mais perto dele ela se sentiu calma e relaxada e notou então que o chão ali mudava de forma e cor formando uma estrada de terra sem sangue que se cruzava em vários pontos formando um X.

- Olá? – disse Sara cautelosamente já se preparando para colocar as lanças de vidro para fora de seu braço caso acontece algum ataque.
- Oi Sara, vois mice (você) tava demorando muito menina, parou pra tomar água? – disse o senhor negro que exibia uma barba simples e olhou para ela sorrindo com dentes muito brancos.
- Como você sabe meu nome? – disse Sara ainda cautelosa.
- Eu tava te esperando, já que o seu tranca rua teve que sair um pouco ele pediu para que eu ficasse aqui para te ajudar quando vois mice chegasse. E antes que você me pergunte pode me chamar de preto velho menina.
- Eu já ouvi falar de você quando viva, eu e meus amigos falávamos de macumba, e sempre comentávamos das pombas giras, exus e dos pretos velhos. Mas nunca soube que vocês viviam no inferno.
- E não vivemos, na verdade não vivemos nem no céu nem na terra vivemos na natureza, entre os dois mundos quase como os vivos. E também não existem pretos velhos, existe apenas um só que so eu, mas como o tempo não existe para nóis conseguimos estar em todos os lugares ao mesmo tempo por isso a fama de sermos vários – ele deu uma risada gostosa - e menina macumba é uma dança não é magia. Só para você saber – ele disse de forma simples sorrindo e dando mais uma longa tragada em seu cachimbo.
- Entendi, desculpa minha ignorância, eu não conheço muito bem estes assuntos – ela disse meio sem graça.
- Eu sei menina, quando vois mice veio para o inferno você não teve a chance de conhecer suas vidas e tudo o que você já aprendeu. É uma das desvantagens de vir pra cá né? Mas talvez como espírito desencarnado uma hora vois mice consiga entender tudo isso. Mi diz menina, você ta pronta para sair daqui? – ele disse olhando seriamente para ela.
- Eu na verdade já não sei se devo sair daqui. Parece que tudo que tento fazer dá errado – uma lagrima acida escorreu no seu rosto derretendo sua carne que logo se regenerou.
- Eu sinto menina que Deus e vois mice mesma já se perdôo. Fiquei sabendo que um anjo te usou para tirar coisas daqui do baú vermelho e com certeza ele pensa que vois mice num pode sai daqui. Então é hora de vois mice decidi, quer sair daqui? – ele disse dando uma grande tragada em seu charuto.
- Eu quero sim, mas já vi que aqui nada é de graça o que você vai querer? – ela disse olhando seriamente para ele.
- Eu quero que vois mice me traga o cabelo desse anjo que te deixou largada aqui. Se vois mice me trazer este cabelo di anjo eu consigo te ajudar muito mais. Vois mice me promete trazer o cabelo di anjo?
- Porque você está me ajudando? – ela disse preocupada com tanta cordialidade e respeito.
- Todos tanto no céu como no inferno estão preocupados por entrarem em uma guerra que não querem menina, e nóis que tamo no meio não queremos nos machucar, então como sabemos que o céu e o inferno tem um equilíbrio queremos manter isso. Todos saem ganhando vois mice me entendi?
- Entendi. Mas me diga como eu saiu daqui? – disse Sara se aproximando do preto velho.
- Vois mice vai ser plantada nessa arvore menina. Está é a única arvore do inferno que tem conexão com as encruzilhadas que usamos em todo o mundo. As encruzilhadas são portais para a gente e você poderá usá-los enquanto sua alma estiver marcada com este símbolo – ele apontou para os pentagramas nos pulsos dela – vois mice esta pronta?
- Estou ! Obrigada pela ajuda – ela disse sorrindo após muito tempo.
- Disponha menina – o velho disse de forma amistosa pegando na mão dela, que se aqueceu com um calor amigo.


O velho pegou Sara e a encostou perto da arvore, sempre de forma cordial e leve. Ele então pegou seu cachimbo e jogou a brasa fora. E com as cinzas de seu cachimbo ele deixou marcado na pele dela vários desenhos que ela não conseguiu decifrar. O preto velho então pegou mais fumo em um bornal que ficava preso as suas costas e lá ele pegou também fósforos e duas velas brancas. Acendeu as duas velas com um fósforo e depois com outro fósforo acendeu o fumo do seu cachimbo.

- Menina preste atenção, vois mice irá chegar do outro lado de forma muito diferente, mas manterá em seus pulsos e tornozelos a suas marcas. Caso precise sair por ae basta encostar as duas estrelas do seu pulso. Com isso você mudará de plano material. Lembre-se disso ta? - ele disse olhando seriamente para ela. Que acenou com a cabeça em sinal de confirmação – é hora de ir menina, nós vemos daqui a pouco.
- Obrigada, não irei esquecer sua ajuda – Sara disse de forma grata ao preto velho.

O preto velho então passou a mão na casca da arvore e ela se abriu como uma porta. Sara então caminhou para dentro da arvore e ficou de frente para o preto velho. Ele então puxou forte a fumaça de seu cachimbo e assoprou em seus pés, depois repetiu o processo soltando fumaça em seus seios, e após isso soltou fumaça em seu rosto. Estranhamente a fumaça não saia da casca e se alojou preguiçosamente ali dentro com Sara. Então a casca foi se fechando, até que Sara se viu envolta da escuridão total. Ela se sentiu estranha como se a arvore estive espremendo seu corpo, sensação era sufocante. Ela se sentia sem ar, seu corpo foi esfriando ela não conseguia se mexer. Suas veias queimavam como se estivesse injetando concreto dentro delas. Ela queria gritar mas não conseguia. Seu corpo então ficou parado preso enquanto ela ouvia um zunido assustador.


Françoise já estava cansada por ficar tantas horas acordada. Seu amigo Marcus havia mais uma vez faltado ao trabalho por culpa dos projetos e provas da faculdade. Ela se sentia cansada pois fazia dois dias que ela não conseguia dormir direito e um necrotério não era o melhor lugar para se descansar. A morte não Pará nunca. Era o que ela sempre ouvia de seus avós que um dia também passaram por aquela mesa.

Nas bancadas só haviam dois corpos, um senhor de 68 anos que morreu de parada cardíaca e uma moça de 22 anos que foi esfaqueada por seu namorado. Ambos os corpos já haviam passado pela autopsia e aguardam apenas a funerária.

Fran estava se preparando para levar os corpos para a geladeira quando ouviu um barulho estranho, ela então se aproximou do saco do senhor de 68 anos e o abriu cautelosamente, o barulho não vinha dali. Ela então se aproximou do outro saco com a garota, e o abriu devagar também, então aproximou seu rosto perto do nariz dela, mas não ouviu nada também. Ela então aproximou sua mão do rosto da jovem morta, e antes que pudesse tocar sua pele o telefone tocou.

Fran caminhou ate o fundo da sala onde um telefone antigo de cor branca a esperava fazendo um barulho muito estridente para uma sala tão silenciosa. Ao atender a voz de Marcus soou mansa em um pedido de desculpas por se atrasar mais uma vez para o trabalho. Ela então apenas ficou ouvindo os pedidos de desculpas enquanto imaginava de que palavrão iria xingá-lo. Ela só não estava tão brava porque dessa vez ele não iria faltar só estava atrasado para a mudança de turno, Fran já estava pensando em faltar na próxima semana só para se vingar dele.

Uma brisa gelada percorreu o pescoço de Fran se causando um calafrio, nunca aquilo tinha acontecido com ela que já trabalhava ali a mais de três anos. Marcus continuava a se desculpar e Fran então sem motivo levantou a cabeça e direcionou seu olhar para o armário que ficava um pouco acima do telefone onde vários instrumentos de corte utilizados na autopsias eram armazenados. Seus olhos passearam pelos instrumentos ali dentro que ela nunca gostou de ver nem mesmo lavar após o uso. A função de guardar corpos e organizar as fichas era o suficiente para ela que só começou a trabalhar ali por falta de opção e necessidade. Ao olhar para os instrumentos dentro daquele armário Fran viu um pequeno reflexo de luz atrás dela pelo vidro do armário, ela não se virou, apenas forçou seus olhos a se focarem ainda mais no vidro para que ela consegui-se distinguir aquele estranho brilho. Fran ficou paralisada, seus olhos após arrumarem o foco mostraram em pé atrás dela o corpo nu da jovem esfaqueada. Que a olhava calmamente como se ambas fossem velhas amigas.

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